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1.
Cad. saúde pública ; 30(10): 2177-2186, 10/2014.
Artigo em Português | LILACS | ID: lil-727725

RESUMO

Sob uma perspectiva ética, este trabalho tem como objetivo oferecer uma breve análise das recomendações terapêuticas que, no Brasil, são atualmente propostas para o diagnóstico de intersexualidade em crianças. A vertente explorada é a da “genitália ambígua”, considerada como uma das “anomalias da diferenciação sexual” (ADS). Salvo situações em que, de fato, existe risco de vida para os bebês diagnosticados como intersexo, não se verifica, na literatura internacional, consenso médico e institucional quanto à própria definição do que se denomina intersexo, nem tampouco quanto às recomendações terapêuticas propostas para o caso em questão. Cabe aos pais do incapaz, ou a seus responsáveis legais, a autorização para a realização de tais procedimentos. Dada a irreversibilidade que caracteriza alguns dos citados procedimentos, merecem atenção os relatos de pessoas intersexo que, em sua vida adulta, não reconhecem os benefícios físicos e psicossexuais que justificariam as intervenções sofridas em sua infância e adolescência.


This article takes an ethical approach to briefly analyze current therapeutic guidelines in Brazil for cases diagnosed as “ambiguous genitalia” (one of the “disorders of sexual development”, DSD) in intersex children. Except when there is clear risk to the infant’s life, there is no medical or institutional consensus on the definition of intersex, DSD, or recommended treatment. Parents or guardians of these minors have the legal right to provide consent for genital surgical interventions. The irreversibility of some procedures calls attention to reports by some intersex adults who underwent such interventions during their childhood or adolescence and now fail to acknowledge the physical or psychosocial benefits that were originally claimed to justify them.


Con un enfoque ético, este artículo pretende ofrecer un breve análisis de las propuestas terapéuticas que, en la actualidad en Brasil, son recomendadas para niños diagnosticados por sus “genitales ambiguos” (uno de los “trastornos del desarrollo sexual”, TDS). Salvo en los casos cuando existe un claro riesgo para la vida de los bebés, no hay consenso médico o institucional con respecto a la definición de la intersexualidad, TDS o terapéuticas recomendadas. La incapacidad legal y cognitiva de estos niños autoriza a sus padres o responsables legales la tarea de ofrecer consentimiento para estas medidas terapéuticas médicas no reversibles. A pesar de que la promesa médica para justificar las intervenciones quirúrgicas en estos niños es lograr resultados positivos, algunas narrativas de personas intersexuales adultas no las reconocen de esta forma. Para estas personas, el sufrimiento físico y psicosexual que ellos viven en el presente no justificaría las intervenciones quirúrgicas que ellos han sufrido en su niñez y su adolescencia.


Assuntos
Feminino , Humanos , Masculino , Transtornos do Desenvolvimento Sexual/psicologia , Transtornos do Desenvolvimento Sexual/cirurgia , Identidade de Gênero , Desenvolvimento Psicossexual , Cirurgia de Readequação Sexual/psicologia , Tomada de Decisões , Relações Pais-Filho
2.
Arq. bras. endocrinol. metab ; 58(2): 188-196, 03/2014. tab
Artigo em Inglês | LILACS | ID: lil-709333

RESUMO

Transsexual subjects are individuals who have a desire to live and be accepted as a member of the opposite sex, usually accompanied by a sense of discomfort with, or inappropriateness of, one’s anatomic sex, and a wish to have surgery and hormonal treatment to make one’s body as congruent as possible with one’s preferred sex. They seek to develop the physical characteristics of the desired gender, and should undergo an effective and safe treatment regimen. The goal of treatment is to rehabilitate the individual as a member of society in the gender he or she identifies with. Sex reassignment procedures necessary for the treatment of transsexual patients are allowed in our country, at Medical Services that have a multidisciplinary team composed of a psychologist, a social worker, a psychiatrist, an endocrinologist and surgeons (gynecologists, plastic surgeons, and urologists). Patients must be between 21 to 75 years old and in psychological and hormonal treatment for at least 2 years. Testosterone is the principal agent used to induce male characteristics in female transsexual patients, and the estrogen is the chosen hormone used to induce the female sexual characteristics in male transsexual patients. Based on our 15 years of experience, we can conclude that testosterone and estradiol treatment in physiological doses are effective and safe in female and male transsexual patients, respectively.


Transexualismo masculino refere-se ao indivíduo 46,XY com fenótipo masculino normal que deseja viver e ser aceito como membro do sexo feminino, já o transexualismo feminino refere-se ao indivíduo 46,XX com fenótipo feminino normal que deseja viver e ser aceito como membro do sexo masculino. Há 16 anos os procedimentos médicos clínicos e cirúrgicos necessários para o tratamento de pacientes transexuais estão autorizados e regulamentados no nosso país, desde que os Serviços onde forem realizados tais procedimentos contem com equipe multidisciplinar composta por psicólogo, assistente social, psiquiatra, endocrinologista e cirurgiões (ginecologistas, plásticos e urologistas). Para serem submetidos à cirurgia, os pacientes devem ter de 21 a 75 anos, devem ter realizado hormonioterapia por pelo menos um ano e psicoterapia por pelo menos dois anos. Os indivíduos transexuais buscam desenvolver características físicas pertencentes ao sexo desejado e devem ser submetidos a um regime de tratamento efetivo e seguro com o objetivo de reabilitá-los como membros da sociedade no gênero com o qual eles se identificam. A testosterona é o principal hormônio utilizado para induzir o desenvolvimento dos caracteres sexuais secundários masculinos nos transexuais femininos e o estrógeno é o hormônio utilizado para induzir os caracteres sexuais secundários femininos no transexual masculino. Com base na experiência do nosso serviço, podemos afirmar que doses fisiológicas desses hormônios são capazes de produzir os efeitos desejados sem causar efeitos colaterais importantes.


Assuntos
Feminino , Humanos , Masculino , Estrogênios/uso terapêutico , Cirurgia de Readequação Sexual , Testosterona/uso terapêutico , Pessoas Transgênero/psicologia , Transexualidade/terapia , Brasil , Serviços de Saúde para Pessoas Transgênero/legislação & jurisprudência , Cirurgia de Readequação Sexual/legislação & jurisprudência , Cirurgia de Readequação Sexual/psicologia , Transexualidade/classificação
3.
Braz. J. Psychiatry (São Paulo, 1999, Impr.) ; 31(4): 303-306, Dec. 2009. tab
Artigo em Inglês | LILACS | ID: lil-536752

RESUMO

Objective: To evaluate the impact of sex reassignment surgery on the defense mechanisms of 32 transsexual patients at two different points in time using the Defensive Style Questionnaire. Method: The Defensive Style Questionnaire was applied to 32 patients upon their admission to the Gender Identity Disorder Program, and 12 months after they had undergone sex reassignment surgery. Results: There were changes in two defense mechanisms: anticipation and idealization. However, no significant differences were observed in terms of the mature, neurotic and immature categories. Discussion: One possible explanation for this result is the fact that the procedure does not resolve gender dysphoria, which is a core symptom in such patients. Another aspect is related to the early onset of the gender identity disorder, which determines a more regressive defensive structure in these patients. Conclusion: Sex reassignment surgery did not improve the defensive profile as measured by the Defensive Style Questionnaire.


Objetivo: Avaliar o efeito da cirurgia de redesignação sexual nos mecanismos de defesa de 32 pacientes transexuais em dois momentos do estudo usando o Defensive Style Questionnaire. Método: O Defensive Style Questionnaire foi aplicado a 32 pacientes quando ingressaram no Programa de Transtorno de Identidade de Gênero e 12 meses após a cirurgia de redesignação sexual. Resultados: Houve modificações em dois mecanismos de defesa: antecipação e idealização; porém, sem mudanças significativas nos fatores maduro, neurótico e imaturo. Discussão: Uma possibilidade para esse resultado é o fato de a intervenção cirúrgica não resolver a disforia de gênero (principal sintoma desses pacientes). Outro aspecto está relacionado com o fato de o transtorno de identidade de gênero ser instalado precocemente, o que determina uma estrutura defensiva mais regressiva para esses pacientes. Conclusão: A cirurgia de redesignação sexual não foi capaz de modificar o padrão dos mecanismos de defesa medidos pelo Defensive Style Questionnaire.


Assuntos
Adolescente , Adulto , Humanos , Masculino , Pessoa de Meia-Idade , Mecanismos de Defesa , Inquéritos e Questionários , Cirurgia de Readequação Sexual/psicologia , Transexualidade/psicologia
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